Wednesday, October 29, 2008

A Turma do Limoeiro

Essa é muito boa. Um grupo de atores cariocas acostumados a parodiar personagens cotidianos agora resolveu sacanear os heróis da "Turma da Mônica". Aproveitando a evolução dos quadrinhos feita por Maurício de Sousa, onde os personagens aparecem adolescentes em estilo mangá, esses malucos resolveram dar vida aos quadrinhos. Mas é claro que ia rolar uma sacanagem das grossas, né? A Magali aparece como bulímica, o Chico Bento como maconheiro e o Cascão é um negão muito do safado. O Cebolinha continua falando errado, mas fica puto da vida quando chamam ele do nome verdadeiro. O Franginha virou um taradão que só pensa em transar e a Mônica uma gostosa homofóbica. Vale a pena assistir, "A turma do Limoeiro" é uma referência ao bairro da turminha no HQ. Muito legal!

Friday, October 24, 2008

O fim do "tanga mínima"

Na política tem um ditado que diz que "apoio é uma coisa que não se recusa". Tipo copo d'água ou aumento de salário, saca? Pois bem, embora a "onda Gabeira" tenha dominado a classe média carioca, principalmente a artística e praiana, (arrisco a dizer que a classe média paulistana também está "alvoroçada" pelo homem), já dou como certa a derrota do "tanga mínima" nas eleições municipais do Rio.

Eu explico. Nos últimos dias o candidato-terrorista, com o perdão do adjetivo, mas aprendemos em São Paulo que o passado não pode se negar, anda recebendo apoio de um blogueiro pouco conhecido por acertar previsões ou mesmo ajudar em candidaturas.

Gabeira deve ter comemorado, afinal, cansou de condenar durante tantos anos "a imprensa marrom e sem moral". Mas o candidato-tragador, perdão de novo, devia saber que no primeiro turno o mesmo blogueiro fez campanha para Manuela D'ávila em Porto Alegre. Deu no que deu. A moça, embora gostosa, perdeu a vaga para Maria do Rosário.

Deixo claro que Gabeira seria o meu candidato, caso eu usasse o "X" no lugar do "S". Lamentavelmente o apoio do tal blogueiro não traz bons fluidos para a campanha do ex-sequestrador (sorry). É o começo da "derrocada" de Gabeira e o fim do projeto "tanga mínima" nas praias cariocas. A lamentar...

Sunday, October 19, 2008

Noções de futebol I

Eleição é uma época que deveriam me amarrar. Como em final de campeonato, sou o torcedor mais roxo que um time pode ter, chegando a beirar a irracionalidade dos torcedores de várzea. É tempos em que deveriam me impedir de escrever e falar. Tempos em que não leio jornal para não me chatear. Tempos que detesto todos os "monstros" da crônica política-esportista. Nunca escondi minha preferência pelo vermelho e branco e a minha fúria contra o alviverde pefelê.

Numa época de apartidarismo, acho importante expor opinião e marcar território. Entretanto, as coisas estão saindo um pouco do limite. Nos últimos dias me envolvi em discussões típicas de clássicos como São Paulo e Palmeiras, para falar apenas de times da primeira divisão. Justifiquei carrinho por trás, cotoveladas, socos e pontapés no juiz. Vale tudo pelo título nas urnas, afinal, como futebol, política é coisa pra "macho".

Pesquisa pra mim é como clássico perdido no domingo. Na segunda-feira não aguento olhar para a cara dos colegas de firma. Coitados daqueles que são mais próximos. Minha mãe e namorada que o digam. Patadas e gritos são o mínimo... Tudo isso porque acho que tenho o time mais preparado, a equipe mais entrosada e a maior sensibilidade para pensar nos pobres.

Meu time é mais digno e, qualquer que seja o argumento, é o que mais fez por essa cidade. Ok, assim como o Muricy, a líder da equipe não é simpática, nem faz questão de tratar bem os jornalistas. Porém, somos o atual campeão brasileiro, temos a presidência, e sempre lutamos pelo título. Assim como no Brasileirão, minha equipe parece morta mas a qualquer momento pode faturar o tricampeonato. A equipe azul-amarela, está confiante com o título em 2010, mas, por hora, temo que a centroavante com pose de diretora de escola fature no returno. Ufanismo de torcedor? Pode ser. Mas futebol, digo, a política, é uma "caixinha de surpresas".

Com o fim do "Paulistano", hora de juntar os cacos e rediscutir as ambições da equipe para o nacional. Como tropeços são comuns em biografias de times, ora de chamar a direção do "clube" e renovar o elenco. Como disse uma artista plástica na Folha, "Por pior que seja o governo do PT, ainda é o melhor para os pobres". Avante nação vermelha. Nossa onça ainda voltará a beber água!

(((Me internem por favor!!)))

Thursday, October 16, 2008

O governador está nu


O confronto entre policiais civis e militares no Morumbi nesta quinta-feira, 16, foi o ponto alto da política do governo José Serra. Intransigência sempre foi a marca desse político soturno, com cara de mordomo de filme de terror e jeitão de ator canastrão dos anos 60. Na época da campanha de Geraldo Alckmin os “asponis”, aqueles que surgem de todos os lados e acham que sabem de tudo, viviam dizendo que Serra não funciona sob pressão e jamais entraria na campanha se a imprensa e os líderes políticos ficassem pressionando-o. “Ele é durão”, “ele é turrão”, entre outros “ãos” que diziam sobre o ilustríssimo.

Pois bem, com os policiais civis de São Paulo foi a mesma coisa. Há um mês em greve, eles tentam negociar melhores condições de trabalho com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública e não tiveram resultados minimamente satisfatórios. Pior, há pelo menos duas semanas a SSP se recusa a prosseguir as discussões, sob a tutela e orientação do magnanimo.

Acontece que um movimento grevista não recua até ambas as partes sedam e um acordo seja referendado. Qualquer greve com paralisação é assim. Qualquer greve normal se faz com protesto e panelada na porta das sedes de governo. É assim na Europa, na Ásia ou até nos rincões da América do Sul.

Mas em São Paulo é diferente. Chegar até a porta do Palácio dos Bandeirantes é uma dádiva para qualquer sindicalista minimamente acostumado com piquetes e confusão em porta de fábrica. A sede do governo paulista é a sinagoga onde qualquer manifestação que não seja de unção do santo governo é tida como ameaça, a ser repelida a todo custo.

Entretanto, a greve dos policiais civis não é uma paralisação comum. É a greve de policiais que andam armados, independente de estarem ou não em serviço. É a greve dos caras que são alvos do PCC e que constantemente são tocaiados em vielas pela periferia da cidade. Gente que dorme com a arma embaixo do travesseiro e desconfia até do filho recém-nascido.

Ora, povo meu. O governador e a PM não sabiam que ali estavam dois mil homens francamente armados e potencialmente explosivos?

Ora, caros, dar tratamento de sindicalista para uma turba armada até os dentes é assinar atestado de idiotice! Os policiais civis e militares são rivais naturalmente, independente de greve ou não. Quando estava no programa "Força Tarefa", presenciei esse “ódio” várias vezes, de ambos os lados. Militares que acabavam com investigações civis de semana, ou civis que queriam levar os méritos da “cana” dos militares.

Em sua síntese, as duas maiores forças policiais do país são diferentes. Os militares são organizados, obedecem a hierarquia acima de qualquer coisa, cumprem horário religiosamente e andam de uniforme feito garis. Os civis são iguais aos primos malandros que todo mundo tem. Andam desalinhados, chamam o chefe de "mano" e raramente cumprem horário. Usam a viatura para fins pessoais e tomam café na padaria sem pagar. Um tem inveja do outro. O primo engomadinho quer ser descolado, o descolado quer ser inteligente e ter as oportunidades de crescimento do riquinho. Nessa pegada, colocar as duas forças frente a frente é a mesma coisa que dizer para dois irmãos que eles terão que disputar a mesada no tapa.

Antes do fim da frase os dois já estão rolando no chão.

Dito isso, o confronto entre as duas ordens policiais de São Paulo foi um erro colossal do governo Serra que poderia ter custado dezenas de vidas. Quem viu imagens e fotos soube que os policiais civis estavam armados até os dentes. Soube também que uma tragédia maior não aconteceu por puro “equilíbrio” daqueles que seguravam as armas.

O governador correu a colocar a culpa do PT e nos sindicatos, como é de sua personalidade sempre que a coisa aperta. Mas o que aconteceu nessa quinta-feira é reflexo de uma política irracional praticada pelo Palácio dos Bandeirantes desde a época de Mário Covas. O episódio serviu para arreganhar as entranhas da intransigência maléfica do governo do PSDB em praça pública.

Não sei se reverterá em votos para Marta Suplicy ou ao PT, mas pelo menos serve de alerta para essa gente idiota de São Paulo. A verdade não é exclusividade da turba tucana.

Monday, October 13, 2008

Prefeita ou prefeito?


Demorou, mas aconteceu! Finalmente a sexualidade do atual prefeito de São Paulo ganha o grande público e começa a ser discutida nos bares da Vila Ré (com o perdão da citação ao amigo Gabriel). Relevante ou não, fato é que em qualquer país civilizado a sexualidade do prefeito seria discutida de forma madura, sem a dualidade da imprensa chapa-branca num momento de disputa de poder. Claro que em São Paulo não poderia ser assim.


Ora, a mídia está descendo o pau na campanha de Marta Suplicy porque ela é petista! Se fosse o contrário, a Marta fosse a lésbica e o Kassab o garanhão traidor de mulheres, a coisa mudaria de figura. Não quero aqui justificar o erro da campanha petista. Fato é que há tempos a imprensa sabe da homossexualidade do prefeito, que até então ficou restrita às piadas de corredores de redação ou mesas de bar, mas nada diz ou mesmo insinua. A campanha e a cobertura da mídia só tem me chateado. Mais ainda o conservadorismo dos paulistanos. Torço para que essa angústia acabe logo. Torço, aliás, para que os paulistanos evoluam.

Na campanha passada, tucanos e demônios se encarregaram de espalhar que a ex-sexóloga traía o senador Suplicy. Fato que ninguém divulgou é que o relacionamento entre os dois era "aberto". Isso na prática quer dizer o seguinte: Suplicy sabia dos chifres e gostava. Acusaram a mulher de tudo. Com a "tia" Erundina a mesma coisa. Por que não falar da sexualidade do atual prefeito? Aproveito e contesto a sexualidade do Quércia e do Tasso Jereissati. Será que são gays? Não importa. Se saem com outros homens ou não, isso não lhes tira a pecha de corrupto para um e coronel para outro. Tira a credibilidade dos veículos, que ao mero sinal de comprometimento do candidato da vez, correm para socorrê-lo em troca de polpudas verbas.

O mundo não acabou?!


Parece que o tão aclamado fim do mundo entrou em recesso parlamentar. Confirmados os últimos números sobre a Economia, volto a escrever nesse espaço com a certeza que o Apocalipse não voltará a nos rondar até o pagar das luzes de 2008. Por enquanto, fica aí as recomendações de tempos sombrios, com Zeca Pagodinho abdicando da vocação habitual.