Saturday, June 28, 2008

Quem te viu...

A Globo reclama de programas como "Pânico", "Show do Tom" e "CGC", que tiram o maior sarro do seu elenco e programação. Acontece que a mãe desses programas de hoje foi a própria Globo, que nos anos 80 e 90 investia em humor de verdade com a turma da "TV Pirata". Mas claro que, mesmo naquela época, as piadas da TV Pirata estavam há anos luzes das piadas da turma de hoje.

Descobri esses dias esse vídeo que é uma sátira do "A Praça é Nossa", do SBT. Só que nesse caso, a emissora em voga era chamada de "Sistema Vagabundo de Televisão". Reparem no personagem da Débora Bloch, tratando as piadas retardadas do humorístico da tv de Silvio Santos.
É, a Vênus Pratinada já teve seus dias de politicamente incorreta. Quem te viu, quem te vê...

Dez anos de Central do Brasil

1998 é um ano para se esquecer. Foi o ano em que o Brasil quebrou e o governo fez a farra com a venda das estatais, enquanto o então presidente da República, FHC, chamava trabalhadores de vagabundos por se aposentarem antes dos 50 anos. Coincidência ou não, o mesmo presidente fora reeleito no mês de outubro.

Mas 98 também foi um ano importante para o cinema brasileiro. Em dezembro daquele ano o filme “Central do Brasil” ganhava os leões de ouro e prata no Festival de Cinema de Berlim, na Alemanha. Foi também o ano que o filme “O que é isso companheiro?” foi indicado ao Oscar e não ganhou. Mas fiquemos aqui apenas na efeméride de 10 anos do prêmio de Central do Brasil, que é o que interessa.

O prêmio ganho pelo filme de Walter Salles foi o pontapé que faltava para oxigenar a produção de cinema brasileira, que vinha engatinhando depois dos anos de suplício e derrocada pós-cinema novo e pós-governo Collor. Sensível e realista, hoje o filme com Fernanda Montenegro (que ganhou o leão de melhor atriz naquele mesmo festival) é tratado por muitos como “retrato da tragédia brasileira”. As pessoas que não gostam do filme calçam suas críticas naquela velha história de que a produção só mostra o lado triste do Brasil, com suas tragédias sociais. Ora, num país quebrado, estagnado economicamente, sofrendo de uma crise (a primeira em dez anos) de dengue em vários estados e com vários cidadãos desempregados, “Central do Brasil” era um filme para afundar ainda mais a moral do Brasil e dos brasileiros. Muito além disso, serviu para elevar a sensibilidade dos brasileiros para a infância desgarrada e sem perspectiva.

A história da inescrupulosa Dora, que escrevia cartas na estação Central do Brasil, no Rio, aproveitando-se do analfabetismo das pessoas e da ingenuidade delas diante da selva de pedras sensibilizou o mundo e nos fez crer que mudanças eram possíveis.

No site oficial do filme, a personagem de Fernanda Montenegro é grafada como “uma camelô de sessenta e poucos anos que luta para sobreviver no Brasil do "real””. A sinopse diz ainda que “Dora optou pela malandragem como forma de sobrevivência e não se arrepende disso”. O encontro da velha senhora que tirava dinheiro de gente humilde com o garoto Josué (Vinicius de Oliveira), menino sem família e sem história, é o reflexo de Dora e de muitos brasileiros que naquele 1998 tentavam sobreviver num Brasil em crise.

Misturar a história de um filme de “ficção” com a realidade é muito complicado e até pra mim às vezes parece uma bobagem, por mais verossímil que seja o ficcional, como em “Central...”. Mas coincidência ou não, a história de transformação da velha Dora nos fez sobreviver àquela enxurrada de problemas e crer num país e numa vida melhor. Tanto que sobrevivemos. Chegamos até aqui, dez anos depois.

No meio do caminho tivemos maturidade de escolher um presidente que foi alfabetizado depois dos 16 anos e que até então era dito como “de esquerda”. O Brasil de hoje é mais sensível nas discussões sobre Educação, Infância e perspectivas para os jovens. Evoluímos, embora as questões éticas ainda nos incomodem tanto.

É óbvio que Central do Brasil não foi o responsável por essas transformações, mas certamente foi um tempero adicional. A película de Walter Salles pode ser considerada divisora de águas para o cinema, que desde então recebeu mais investimentos e credibilidade. Graças aos prêmios em Berlim, o mundo voltou seus olhos para esse país de dimensões continentais que até então só gerara escândalos.

Hoje Lula é chamado de “novo magnata do petróleo” e já se discute crescimento sustentado para o país. Faturamos recentemente mais um prêmio de cinema no Festival de Cannes, com a atriz Sandra Corveloni, e voltamos a conquistar Berlim com o filme Tropa de Elite no ano passado. Além disso, tivemos novamente na Cerimônia do Oscar com Cidade de Deus, que conquistou inéditas quatro indicações de uma só vez. Walter Salles, Fernando Meirelles e Babenco tornaram-se diretores internacionais e são queridinhos da indústria de cinema mundial. No currículo desses diretores brasileiros sucessos como Diário de Motocicleta , Jardineiro Fiel e O Passado encantaram platéias por todo o mundo.

Central do Brasil abriu as portas da produção artística de qualidade no cinema nacional. O problema da violência discutido nos filmes Cidade de Deus (de Fernando Meirelles) e Tropa de Elite (de José Padilha) são reflexo do sucesso do filme de Salles. Depois de “Central...” outros filmes corajosos mostraram a tragédia da infância e da juventude brasileiras, como Anjos do Sol e Meu nome não é Johnny.

Além disso, atingimos um patamar de excelência em que ótimos filmes como Estômago, Corpo e Cheiro do Ralo, de roteiros ousados e até um pouco truncados, fora do esquema “realidade ficcionada”, fomos capazes de produzir.

Dez anos depois, “Central do Brasil” tem que ser lembrado como o começo disso tudo. Em outras épocas, roteiros como o dos últimos filmes citados apodreceriam nas filas de captação e incentivo cultural.

“Meu passado me condena – muito”

Sabe aqueles dias que você não quer pensar em nada, o que você faz? Bom, eu vou para a frente da televisão e lá passo a vegetar em frente a telejornais bizarros, novelas idiotas e seriados para quem tem QI de ameba excepcional. Isso é o que eu faço. Mas tem gente, como o cantor, brigão, vereador e boiola, Agnaldo Timóteo que prefere ir a programas de televisão. E é aí que eu queria chegar!

Semana passada estava num desses dias de anti-pensador e assistia às gargalhadas o programa CQC, um puta besteirol engraçado e bem sacado. Aí eles exibiam um top-five das bizarrices da semana da televisão. Para o meu espanto, o cantor supra-citado acima foi lá na Record, uma emissora de TV evangélica dizer que dava o cu quando era pequeno. Diante de tamanha barbaridade, cabe a mim dar a essa celebridade baitola o título da semana de “Meu Passado me Condena”, com o adendo de “muito”. Com vocês, sras, srs e indefinidos, Agnaldo Timóteo: o personagem da semana em “Meu passado me condena – muito”.

Bochechar, nem morto!

“Se usar Listerine, não dirija!” Essa será a nova campanha de prevenção de acidentes de trânsito que o Denatran deve lançar nos próximos dias. Com intenção de endurecer a legislação contra os beberrões de plantão, agora o teste do bafômetro é capaz de detectar até mesmo o uso do anticéptico bucal. Pois é, aquela bochechadinha básica antes da balada e antes de beijar na boca está fora de cogitação, mermão. A indústria de balinhas contra o mau hálito deve estar pulando de alegria, já que as vendas desses acessórios nas casas noturnas são bastante promissoras para os próximos dias, graças à nova legislação de trânsito!

E tem mais, se você costuma visitar a vovó aos domingos, cuidado! Aquele inocente bombom de licor que a nona costumava a oferecer depois do almoço também estão com dias contados, camarada. Se você não quiser ser pego no teste do bafômetro, é melhor começar a pedir à vovó que pare com as bebidas na hora de cozinhar. Até as receitas da Ana Maria Braga que usam cerveja, vinho e aguardente na carne assada estão com os dias contados, amigas e donas de casa!
Para os pitboys, a dica é que se cuidem senão tu podes perder a carteira de motorista e também aquela namorada gostosa que arranjastes na micareta, pois ela se interessou mais pelo seu carro que pela sua inteligência e formosura!

Pelo andar da carruagem e o avanço da tecnologia, teremos até o bafômetro de pensamento. Aquele que você é pego na dosagem alcoólica até mesmo se pensar em beber. Sabe aquelas horas que você está preso no trânsito, numa sexta-feira quente de verão, imaginando chegar em casa e tomar uma cervejinha no bar da esquina da sua rua? Pois é. Pode esquecer. Melhor mesmo é pensar só depois que o carro estiver na garagem, devidamente protegido dos fiscais de trânsito.
Em tempo, é a melhor solução pra você, pra mim e para a minha família, que não tem nada a ver com a sua cervejinha e o único pecado que cometeu foi ter tido um filho que atravessava a rua enquanto você dirigia embriagado! Abaixo o Listerine!

Thursday, June 26, 2008

O futuro chegou

“Virá um mundo em que todos que são bonitos serão suspeitos. E os talentosos. E quem tiver personalidade”. A voz estava rouca. “A senhora não entende? A beleza será um insulto. O Talento , uma provocação. E a personalidade, um atentado!... Por que agora virão eles,de todos os lados, vão aparecer, centenas de milhares, e mais. Em todo lugar. Os feios. Os medíocres. Os sem personalidade. E vão despejar ácidos sulfúrico nos belos. Vão pichar e caluniar o talento. Vão enfiar uma faca no coração de quem tiver personalidade. Já chegaram... E serão cada vez mais, Cuidado!...”

(Sándor Márai, do livro De verdade)

Tuesday, June 24, 2008

O mesmo clube, o mesmo choro...

Já viu torcida que chora mais? É sempre assim, acho que eles às vezes protestam para lembrar que protestam... manja aquela história do "bebo pra esquecer que bebo?".

Comigo não, jaburu!

Embora esse blog seja exclusivamente para assuntos masculinos e, conseqüentemente, pertinentes, gostaria de fazer um adendo sobre a Semana de Moda de São Paulo, a tal da SP Fashion Week.

Admito publicamente que já fui a um desfile no ano passado e, pior, gostei!

Pois é... admito que gostei e voltaria novamente para ver aquele desfile de mulheres bonitas dentro e fora do "backstage" da Maria Bonita, uma das mais badaladas grifes que, pelo nome, deve ser brasileira. Só não me pergunte do que é e onde vendem as roupas dessa esposa do Lampião...

Antes que você comece a me chamar de bicha, pederasta ou pense "Bem que eu desconfiei que ele gostava de lingüiça", fazendo juízo de valor do pobre repórter que vos escreve, já aviso: fui lá exclusivamente à trabalho e não sou namorado de nenhum costureiro famoso! (ufa!)

Todos os pontos pontuados gostaria de ir adiante à reflexão, por favor. O motivo deste post é justamente comentar sobre o assunto da semana de moda: o peladão do desfile da Rosa Chá, mais uma gripe com nome nonsense.

Pra você que é mais desavisado e não é amigo da Glória Kalil (que odeia ser chamada de Glórinha, tá bi?!) um Zé Mané de um costureiro resolver iniciar o desfile da moda de praia da grife com um mano de bunda de fora e tomando banho na frente de todo mundo.

O caso causou o maior frisson entre minas e meio-manos que acompanhavam o início do desfile. O que se viu depois do peladão foi um festival de homens semi nus... uma loucura! E é aí que eu gostaria de chegar, fofa!

O tal do costureiro da Rosa Chá colocou um modelo pelado em cena só para fazer sombra ao festival de boiolagem que veio a seguir: um monte de macho com sungas e shortinhos que nem a minha irmã mais nova usaria na praia! Um absurdo! (ui!) Tanto que resolvi colocar uma foto de um desses novos “modelito” aqui no blog (acima), só para você ter a noção do que os seus amigos vão usar daqui pra frente!

Um primo meu do interior (desculpa de quem não quer falar que tá de namorado) me enviou um link com as fotos das “novas tendências para o verão brasileiro”. O dia que eu usar um coisa dessas, me capem por favor. Com certeza eu não precisarei mais da minha tromba dianteira depois disso!

No email do meu primo (que prefere não ter o nome identificado, coisa de veado!) ele diz o seguinte: “Primão (pra mostrar que é machão), minha namorada (na verdade é o namorado que cursa moda) achou essas roupas lindas e disse que em menos de um ano todo mundo vai usar esses novos modelos de sunga... O que faremos?!”

Ao meu primo eu respondo: “Eu não uso um desse nem fodendo!”(ai!)
Todas as considerações postas, chego numa conclusão: depois do processo de RHtização social do mundo (onde tudo é dito e feito de acordo com os gurus do RH moderno, burros, sádicos e trapaceiros) vivemos um momento de VEADatização social. Especialmente nos trópicos. Esse mundo está perdido mesmo...

Meu passado me condena

Coluna nova no blog sem nenhuma idéia, ou de idéias repetidas. "Meu passado me condena" é para lembrar daquelas pessoas que possam de "estandarte da boa fé', mas que tem um passado que lembra até mesmo o mais puro sacerdote da igreja católica, o padre Pinto!

Para começar, um homem que é exemplo do jornalista brasileiro. Bonito, inteligente, tá na Globo e sabe até a dança do ventre. Com vocês: Zeca Camargo, a odalisca do Fantástico!

Aforismos sem juízo

Mais um exemplo clássico de poquet-sabedoria (sabedoria em pequenas amostras):

"Não sou puxador de samba, sou intérprete. Puxador é quem fuma maconha ou rouba carro"
(Jamelão, um dos maiores cadáveres do samba carioca)

Monday, June 23, 2008

Euro 2008: semifinais sangrentas


Os deuses do futebol estão mesmo de brincadeira. O resultado dos times classificados para as semifinais da Euro 2008 é prova de que o crime, o genocídio de estado e a lavagem de dinheiro realmente compensam e um dia são valorizados. Entre os países classificados para a próxima fase, Rússia, Turquia, Espanha e Alemanha, nenhum tem a ficha limpa. O mais fraco deles matou pelo menos um milhão de armênios ou apóia operações armadas em territórios alheios. Vejamos a ficha corrida de cada um dos países classificados:

- Rússia: acostumados a matar espiões da KGB envenenados, os russos são conhecidos pela lavagem de dinheiro em times menores fora do país. Vide o caso de Kia, Bóris Berezovsky e Sport Club Corinthians Paulista. Outro magnata russo dono do petróleo conhecido pela lavagem de dinheiro no futebol é Roman Abramovich, dono do clube inglês Chelsea. Duas figuras gente boa para convidar para um almoço em casa. Os russos tiveram envolvidos em 101 das últimas cem guerras que se tem notícia no mundo. Além de contarem com um saldo de 20 milhões de bolcheviques mortos durante os últimos cem anos. Símbolos: Lenis, Stalin e Vladimir Putin.

- Alemanha: conhecidos desde meados de 1930 como arianos de pura linhagem, os alemães se consideram a fina flor da Europa. Arrogantes e temperamentais, falam truncado num dialeto inteligível. Nos últimos cem anos foram responsáveis pelo genocídio de pelo menos 6 milhões de judeus e o extermínio de ao menos 20 milhões de soviéticos em confronto. Símbolo: suástica

- Espanha: nação “caliente” e mentirosa. Posam de moços de família e amigos para abocanhar estatais em países periféricos que outrora exploravam em forma de colônias. Vide a quantidade de empresas espanholas que se apoderaram de estatais no América do Sul. Países como Brasil, Guatemala, Argentina e Peru são praticamente a Rua 25 de Março de empresas como Telefonica, Santander e Planeta, entre outras. Os espanhóis também são conhecidos por humilharem seus colonos nos aeroportos madrilenos, chamando brasileiras de putas e mandando todo mundo de volta pra casa. Franco e Pizarro são símbolos espanhóis e ajudaram a exterminar pelo menos 500 mil conterrâneos durante a guerra civil deles, que foi considerada uma prévia da II Guerra Mundial, além de massacrarem outros tantos milhões de índios e africanos. Só gente boa!

- Turquia: esse é um dos países mais tranqüilos dos quatro concorrentes. Mataram apenas 1,5 milhões de armênios. Mas quem liga para os armênios, alguém sabe onde fica esse país? Até hoje um armênio puxa a espingarda se for chamado de turco. É a maior ofensa que alguém pode fazer a eles. Além do hobby de matar os visinhos inexpressíveis, os turcos adoram uma incursão militar em território alheio. Falou em tiro de fuzil e guerra, os caras nem pensam duas vezes. Acham que jogam futebol, mas na verdade tratam a coisa no tiro.

Acho que é isso. Histórico feito e ficha corrida exposta, quero ver quem terá a coragem de escolher um desses times para torcer durante as finais da Eurocopa 2008?! Prepare-se para assistir ao duelo dos gladiadores.

Sunday, June 22, 2008

Aberta temporada de Bernard Shaw

Vez ou outra o teatro paulistano tem mania de fazer várias montagens de um mesmo autor até as pessoas se cansarem. Depois das várias repetições de Nelson Rodrigues em cartaz na cidade (destaque para Senhora dos Afogados, que em seis meses teve ao menos quatro montagens em cartaz), chegou a hora e a vez dos ingleses. Quem se lembra das várias repetições de Ricardo III no ano passado? Não bastasse isso, agora temos vários Hamlets que estrearam na última semana. Três de uma única vez!

Agora também está aberta a temporada de Bernard Shaw. Não que o sarcástico mestre do teatro moderno inglês desmereça tantas homenagens, assim como nosso polêmico “Nelsão”, e mesmo com Shakespeare. Mas as companhias de teatro de São Paulo poderiam esparsar mais suas montagens para evitar comparações desnecessárias e não desgastar a obra do autor. E olha que sequer estamos comemorando efemérides de Shaw, que tem mais de 70 peças publicadas.

Depois do musical My Fair Lady, adaptado da peça Pygmalion, de Shaw, que saiu de cartaz há pouquíssimas semanas, temos agora as montagens de Cândida (1895) e Idiota no País dos Absurdos (1925) em cartaz simultaneamente no circuito paulistano.

Nesse domingo me arrisquei a assistir a montagem do diretor Zé Henrique de Paula (que também dirigiu uma das inúmeras versões de Senhora dos Afogados que estavam por esses palcos recentemente) para a Cândida, uma das mais famosas personagens femininas do dramaturgo inglês. Assim com a tragédia carioca de Nelson, o diretor optou por uma versão clássica do texto de Shaw para os palcos, valorizando a riqueza das descrições da obra e enfatizando toda a crítica ao machismo e a decadência da nobreza londrina.

Foi a primeiro contato que tive com o texto de Cândida e confesso que me surpreendi com a qualidade na escolha dos personagens por parte de Zé Henrique, que valorizou ainda mais sua escolha. Sem invenções mirabolantes ou misturas de sambas e palavrões, como fez Cacá Rosset em A megera domada de Shakespeare, Zé Henrique de Paula conseguiu fazer uma belíssima adaptação para a história da devotada esposa do reverendo Morell (Sergio Mastropasqua). Cândida, vivida por Bia Seidl, se vê numa encruzilhada ao envolver-se pelo amor do jovem poeta Marchbanks (Thiago Carreira) e do marido pastor anglicano socialista, dedicado apenas à causas político-religiosas. O enredo, que a princípio pode parecer com as histórias de Capitu, Madame Bovary ou Luisa, de O Primo Basílio, na verdade é uma ode a auto-afirmação dos princípios feministas e do poder patriarcal, e às vezes assustador e sádico, que a figura feminina pode assumir ao ser dona de suas decisões.

Em síntese, depois de tantas besteiras que escrevi, o lead da história é o seguinte: vá assistir. Preste atenção na atuação de Sérgio Mastrospasqua (Morell) e do pai de Cândida, Sr. Burgess, vivido pelo ator João Bourbonnais. Esses dois fazem um embate sensacional entre Socialismo e Capitalismo, fortemente presente na obra de Shaw. A cenografia da peça e o figurino são muito ricos e caracterizam muito os lares londrinos de 1900, sem cair no rococó e no festival de luzes e entre sai de adereços de outras peças. Quatro estrelas.

Aforismos sem juízo

Para homenagear um dos mais sábios intelectuais da imprensa paulista, o blog sem nenhuma idéia criou uma nova coluna: "Aforismos sem juízo". Toda vez que você ver esse título, certamente terá o melhor do pensamento contemporâneo que ajudar-lhe-á na superação de todas as agruras e arrufos do mundo moderno. Para os mais pops, essa é a nova marca da poquet-sabedoria (sabedoria em pequenas amostras frasais):

"O futuro do Brasil esta em suas mãos!"
(frase encontrada no mictório do Espaço Unibanco de Cinema)

Um dia de chiqueirinho...

Jornalista não é uma profissão fácil. Quando se pensa que já cometeu as maiores canalhices da sua vida, certamente você se deparará com alguma situação ainda pior. Pois é, comigo não foi diferente. Depois de assinar reportagens a favor da Igreja Universal e do bispo Marcelo Crivela, trabalhar para a família Mesquita e estudar na Cásper Líbero, fui obrigado a pedir carona para a Rota. É isso mesmo, aquela mesma Rota do livro de Caco Barcellos, do Rambo matador de inocentes e tal. Acredite se quiser!

O causo se deu na última quinta-feira, em São Matheus, fundão da Zona Leste de São Paulo. Os policiais haviam descoberto um laboratório de refino de cocaína. Era tanta droga junta que eu achava que estava num filme do Tarantino, de tão escabrosa que era a situação. Pois bem, eram 2:30 da manhã e a maldita motorista não chegava para nos pegar. A perícia foi embora e os policiais que descobriram a droga precisavam deixar o local e levar a droga para o DP e para o IC. Acontece que o repórter aqui não podia ficar para traz sozinho. O lugar era escuro, longe e estremamente violento. Qual a solução mais obvia? Pedir carona aos policias, que muito solícitos não pestanejaram: “Tudo bem, mas você vai no chiqueirinho!”
Para os desavisados, “chiqueirinho” num carro de polícia é onde eles colocam os presos.

Certamente você já viu muita gente sendo empurrada pra dentro da viatura, sendo humilhada e xingada pela população enquanto divide o porta malas da viatura com mais três pessoas. Mas aposto que você nunca pensou que uma pessoa tão bonita e descente como eu passaria por isso, né... E lá fomos nós, eu e os 87 quilos de cocaína dividindo o mesmo espaço.

Claro que não preciso dizer que cheirei cocaína nesse dia, né? A cada curva que a viatura dava, a droga vinha toda para o meu lado. Foi uma briga com toda aquele pó branco que nem o mais desesperado usuário pensou em ter na vida. Cheguei na delegacia todo branco, com dor de cabeça e pensando: “Puxa vida, eu poderia ter sido médico ou dentista. Salvo se tivesse esquartejado a amante, jamais teria que passar por isso na vida!”. Parece história de pescador, mas aconteceu comigo! Enquanto muitas moças brigam para ter "um dia de princesa", eu choro por ter tido um dia de chiqueirinho.

Sunday, June 15, 2008

O pior blog do mundo

Sabe, quando resolvemos criar esse blog tínhamos apenas uma dúvida em mente: como fazer um blog que seja melhor que o do Favre? Pois é, passados mais quinze dias do nascimento do rebento, um amigo me mandou a seguinte mensagem: "Nossa, você conseguiu ser melhor que o Favre!".

Embora a frase tenha sido dita em tom de deboche, nossos diretores acharam que era o momento de comemorar. Afinal, com menos de quinze dias conseguimos superar um dos maiores portais de bobagens do país. Dessa forma, fica aqui o registro de que esse blog não é o pior do mundo e está a anos luz à frente daquele que, além de ter o pior blog da blogosfera, é conhecido apenas como marido de Marta Suplicy! Nosso próximo passo é superar o Blog do Noblat! Pra frente, Brasil!

Pra rir e debochar: http://blogdofavre.ig.com.br/

Friday, June 13, 2008

Saudades


Foi por um site de notícias que recebi a notícia. Jamais tinha passado por uma situação como aquela. Até então não tinha perdido uma pessoa tão próxima, um parente, um vizinho, um amigo mais chegado. Mas naquele dia 14 de outubro de 2005 ela chegou. Meu amigo acabara de morrer com uma facada dentro da Rádio USP. No momento que li o nome dele no IG a primeira reação foi de conferir o sobrenome. Fui até o último email que trocamos e lá estava: “Rafael Azevedo Fortes Alves”. Como agora, ao escrever sobre isso, as lágrimas chegaram e um filme de vários momentos juntos passou pela cabeça. Que pena, que dor.

Conheci o Rafa, ou Carioca, como chamávamos, na Oboré, durante um curso para jornalistas iniciantes. Era aniversário de São Paulo e tínhamos a pretensão de publicar um livro com 450 histórias da cidade. O livro não vingou, mas a amizade sim. Após vários dias sem coragem de ler a reportagem do Lira Neto sobre o assassinato de Rafael, hoje resolvi enfrentar a dor e a emoção. Foi o jeito de relembrar os velhos tempos, amigão. Tomara que o lugar que você esteja seja melhor que o nosso. Um mundo mais justo para todos nós, amigão. Saudades...

Reportagem do Lira Neto: “Vá com Deus, Rafa”

Chamem o Gasparetto!

O que é a burocracia, né mesmo? Dia desses o diretor teatral José Henrique teve o processo de incentivos negado pela Funarte. A intenção dele era captar recursos pela Lei Rouanet para o espetáculo O Processo. Entretanto, o camarada do Ministério da Cultura que analisou o processo disse que faltava a assinatura do autor do texto, um tal de Franz Kafka. Alguém já ouviu falar? Pelo que me disseram, esse maluco tcheco morreu em 1924. Confere?

Imediatamente nosso ministro-cantor, Gilberto Gil, iniciou conversas para contratar o apresentador Luiz Gasparetto, aquele da Rede TV! que recebe entidades do além durante o programa, para dar conta dos processos como esse que tramitam na casa. Será que agora a coisa anda?

A volta dos galinhas-verdes

Lembra dos Integralistas, aquele grupo de nazi-fascistas liderados por Plínio Salgado? Pois é, lamentavelmente eles estão de volta. Já tinha reparado que nas ruas ao redor da PUC-SP havia vários cartazes com o sigma “E” invertido. Era uma das marcas do movimento. Aliás, vi cartazes iguais na Av. Dr. Arnaldo e nas proximidades da Av. Paulista. Para o meu espanto, recebi um texto desse grupo sobre a “Parada gay”. O que eles dizem é assustador! No final do manifesto, que está abaixo no link, eles convocam “os companheiros” para a luta. E é nessa parte que eu queria chegar!

A última vez que esse grupo de idiotas lutou de verdade foi em 1934, data que ficou marcada como “A Revoada dos Galinhas-Verdes”. Para quem não sabe, “galinhas verdes” era o apelidado da trupe liderada por Plínio Salgado. Em 07 de outubro daquele ano os tontos resolveram convocar um confronto armado contra os anarquistas e comunistas da Frente Única Antifascista. Era FUA versus Ação Integralista. O nome “Revoada dos galinhas-verdes” foi por conta da retirada dos “homens” de uniforme verde de Salgado. Eles corriam pelas ruas amedrontados feito galinha em tempo de abate, com medo dos comunistas. Um sarro! A história também ficou conhecida como “Batalha da Praça da Sé”. Mas vamos usar o nome pejorativo que é mais engraçado, né?

Depois de tamanha vergonha os caras tem coragem de convocar alguém para o combate? Ah, qualé?!

O link: http://www.integralismorio.org/auriverde/arquivo/2008/300508.htm

Lições de etiqueta 2

Mais uma lição do nosso "Dicionário de etiquetas: coisas que você não deve fazer na vida humana, menos ainda na vida animal". O verbete de hoje é: jamais pague o mico de aparecer em um canal de televisão bêbado, falando de sexo e pedindo namorado bom de cama. Que o diga a amiga, leitora e sociality Narcisa Tamborindeguy.

A moça tem até um site onde concentra toda sua pagação de mico dos últimos tempos. O sítio tem entrevistas emocionantes com Bruno Chateaubriand e Capitão Guimarães, presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Ou seja, a mulher é uma pagadora de mico utópica e multimídia. Dá vexame na tv, em revistas e no próprio site! Tô até pensando em mudar essa lição para "jamais seja como Narcisa Tamborindeguy.

Pra encerrar, uma frase da moça que é exemplo de sabedoria: "A propaganda em si tem que ser muito boa para me atrair". Sacou a filosofia?

Para conhecer mais sobre a personagem: http://www.narcisa.com.br/entrevistas.html


Wednesday, June 11, 2008

Yes, nós temos universitários

E por falar em universitários, uma galera da USP também resolveu criar o seu "Matrix de baixo orçamento". A versão é bem legal e mostra o talento dessa gente que fica o dia todo na faculdade tendo idéia de jerico. Algumas são boas, como essa aqui:

Homem aranha italiano

Pra quem gosta de bizarrices, vai aí uma indicação de Youtube sensacional. É uma versão italiana para o clássico "Spiderman" que foi parar na rede e tá fazendo o maior sucesso. O protagonista é um gorducho sem noção criado por universitários da Flinders University, da Austrália. Engraçadíssimo!

Tuesday, June 10, 2008

Salvem o Saci!


Adoro clima de Olimpíadas e Copa do Mundo. São nessas épocas que todo mundo se acha no direito de ser técnico ou pensador, com idéias “brilhantes” de como armar a seleção em campo ou pagar a dívida externa no país. A última vem dos jornalistas Ricardo Kotscho e Mouzar Benedito, que querem lançar o Saci como mascote brasileiro da Copa de 2014. Os argumentos são convincentes no que diz respeito à autenticidade do mascote e sua popularidade de Norte à Sul do Brasil. Entretanto, desde já aviso: vai dar merda.

Sabe, por mais que sejamos piedosos e politicamente corretos, que país lançaria um fumante, deficiente físico e malandro como símbolo do maior evento que um país pode sediar no mundo? Desde já peço desculpas aos fumantes, deficientes físicos e malandros. Mas “peralá”, uma coisa é a brasilidade, outra coisa é o bom senso! Por isso que num país onde existem 180 milhões de técnicos de futebol, podemos nos dar ao luxo de uma campanha vexatória como a da última Copa do Mundo, na Alemanha. Também, no meio de tanto técnico, escolhem Parreira e Dunga para comandar nossos canarinhos. Vai ser ruim assim lá na CBF. Salvem o Saci do vexame, coitado. Ninguém merece cair nas garras de Ricardo Teixeira e cia ltda, ainda mais sendo portador de necessidades especiais!

Leia aqui o blog do Kotscho: http://ultimosegundo.ig.com.br/ricardo_kotscho/2008/06/08/escritor_lanca_saci_para_mascote_da_copa_2014_1346012.html

Monday, June 09, 2008

Lições de etiqueta

Esse blog inicia hoje algumas lições de etiqueta que você jamais pode fazer durante sua vida humana. São coisas daquele tipo que, mesmo você não sendo o autor, sente vergonha pelo desgraçado. Sabe mais ou menos como tirar catota do nariz no almoço com os sogros?

Pois é. A lição número 1 começa com: jamais chore a morte do patrão na frente de milhões de pessoas. Principalmente se ele for um grande filho da puta, como o seu e o meu certamente são e do Willian Bonner também era. Mas pelo visto ele não lê esse blog:

Poesia a essa hora?

Ai Se Sêsse
Cordel Do Fogo Encantado
Composição: Zé Da Luz

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse

Alemanha antes do muro e do Oscar

Acaba de chegar às locadoras o melhor filme do ano passado: A vida dos outros. O filme alemão foi o vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro do ano passado e se passa na Alemanha de 1984, dividida pela política, pela dor e por um vergonhoso muro. O enredo é a vigilância do estado na vida de supostos inimigos do regime. Lembra muito a fábula do “Big Brother” criada pelo escritor George Orwell.

Mas esse é apenas um gancho para esse post. O filme A vida dos outros é da mesma safra de filmes alemães de Adeus Lênin(2003) e Os educadores (2004). Em síntese, um clássico pra ser visto daqui a cinqüenta anos como retrato (mais um) de um regime ditatorial que dividiu o mundo. Como todo clássico, A vida dos outros tem um precursor. Chama-se O túnel e também é alemão. É um desses filmes que certamente você se surpreenderá. A película é de bem antes, de 2001, dirigido pelo também alemão Roland Suso Richter, de O Terceiro Olho (2003).

O Túnel é a história real de um grupo de alemães que fogem da Alemanha Oriental em 1961 e tentam resgatar parentes que ficaram para trás. Foram meses cavando antes do resgate, que só acontece no final do filme. Mas antes da apoteose, muita dor e sofrimento com parentes sendo investigados 24 horas, perseguidos e com muitos tendo que optar entre a vida e a morte para salvar o plano liderado por um ex-atleta soviético, fugitivo da porção socialista alemã.

O filme reproduz com tanta fidelidade a Alemanha antes da queda do muro que temos a impressão de ser um dos personagens da fuga. Antes que alguém me chame de rato de locadora, assisti ao filme por acaso. Ele estava passando às dez horas da manhã de uma segunda-feira no canal E, esses que ninguém vê na TV a cabo. Com certeza quase ninguém viu. Mas quem assistir certamente reconhecerá muitos traços e atores que estão em A vida dos outros. Um dos personagens principais de “A vida...” é o conhecido Georg Dreyman conhecido como o único dramaturgo não-subversivo da RDA. O personagem é interpretado pelo ator Sebastian Koch, que também está no centro da trama de “O túnel”. Mais uma vez ele é uma vítima do aparelho repressivo estatal, que mata, prende e violenta pessoas que são culpadas apenas por pensarem diferente do governo.

O túnel é o primeiro capítulo de “A Vida do Outros”, que culminou com atenções em Cannes e em Hollywood, graças ao talento dos alemães de reproduzirem suas dores e seus fantasmas mais horríveis para as telas.

Um Ornitorrinco no Bixiga


No último domingo fui assistir ao novo espetáculo do Teatro do Ornitorrinco. A turma de Cacá Rosset retorna aos palcos com mais um clássico de Shakespeare: uma versão circense da comédia A megera domada.

Como é usual dessa galera, eles revisitam um texto clássico e misturam todos os recursos de interação e pirotecnia disponíveis ao teatro moderno. Com tanta acrobacia, troca de cenário, fadas voando, música ao vivo e mulheres seminuas, fica até difícil separar os sarcasmos do texto escrito pelo dramaturgo inglês no século XVI. Embora Shakespeare se revire na cova assim que o primeiro anão dá as caras no palco ou a primeiro “filho da puta” se aventura pela boca de cena com mulheres seminuas, a peça da trupe de Cacá Rosset agrada muito e enche os olhos dos espectadores.

Confesso aos amigos que a primeira peça que vi no teatro sem acompanhamento de pais ou professores foi justamente do Ornitorrinco, em 1998. Na ocasião eles encenavam outro clássico, O Avarento, de Moliére, no teatro do Sesi, na Avenida Paulista. Como aconteceu agora, lembro-me das maravilhosas entradas e saídas de cena daqueles adereços enormes e de rodinha, da trupe de anões e até da cantoria liderada por Cacá.

Desse grupo de atores já passaram gente de muita qualidade como Rosi Campos, Ary França, Ricardo Blat e o saudoso Gerson de Abreu, aquele gordinho que ficou conhecido pelo programa X-Tudo, da Tv Cultura.

A megera domada trás vários vícios de exibição de Cacá Rosset, que trama tudo de forma que ganhe mais destaque a própria Megera, além da interação com o público, presente em todas as montagens dessa turma. De qualquer forma, é uma peça riquíssima (custou 1,5 milhão de reais captados pela Lei Rouanet), que só pode ser montada com um polpudo patrocínio como a Telefônica e a Nossa Caixa, que apóiam esse grupo fundado em 1977. Se ainda não viu A megera domada do Teatro do Ornitorrinco, corra. É o tipo de evento que não ocorre sempre e os ingressos são disputadíssimos. A última montagem do grupo foi há sete anso atrás.

Só uma dica: chegue bem cedo, pois as filas do teatro Sérgio Cardoso são enormes e não primam pela agilidade e bom atendimento.

Sunday, June 08, 2008

Tênis ou jogo de xadrez?

Sabe, o mundo do tênis está cada dia mais chato, se é que já foi divertido um dia. Todo torneio de Grand Slam é assim: Roger Federer e Rafael Nadal na final e não necessariamente nessa ordem. Quando não dá um, dá o outro. Em Roland Garros dá sempre Nadal, pelo menos nos quarto últimos anos. Nesse domingo tive a infelicidade de acompanhar o finalzinho do jogo na França e, além da péssima narração da ESPN, você ainda tem que enfrentar a troca de olhares e sorrisos entre os dois tenistas, que são amigos de longa data.

No final, o espanhol bateu feio no suíço: 3 sets a 0. Entretanto, a julgar pelo discurso de Nadal e o comportamento dos franceses na arquibancada, não houve vencedor. Tanto Nadal como Federer rasgaram elogios entre si, além de trocarem beijos e abraços. Francamente, o fair play é legal e os dois moços aí são gênios das quadras. Poucos foram como eles e me arrisco a dizer até que são deuses do saibro. Contudo, esporte precisa de rivalidade, emoção, tiração de sarro e até briga entre os adversário. Do contrário, fica essa rasgaçaõ de seda insuportável em toda final de campeonato. É como se os dois tivessem jogando na quadra de casa, cercados de vizinhos. Ao final da partida, os dois colegas de trabalham escolhem se vão almoçar na minha ou na sua casa.

Por essas e outras que prefiro a final das mulheres. Vez ou outra, ou quase sempre, aparece uma tenista gostosa, que se mata pra ganhar e depois se joga no chão de felicidade, exibindo toda sua exuberância. Que o diga a vencedora do Roland Garros Feminino 2008, Ana Ivanovic, essa deusa aí ao lado! Ela é servia e tem só 20 aninhos.

Ela voltou!

Escondam bolsas e carteiras:
"Sonia Hernandes sai da prisão nos Estados Unidos"
Fonte: www.estadão.com.br

Reunião de bacana

Como aqui não vivemos sem trilha sonora, eis a música obrigatória para a campanha eleitoral:

REUNIÃO DE BACANA
Autores: Ary do Cavaco & Bebeto di São João.
Interpretada por: Originais do Sampa

E quem não acredita grita então:
Se gritar "pega ladrão"
Não fica um, meu irmão
Se gritar "pega ladrão"
Não fica um

Você me chamou para esse pagode
E me avisou: "aqui não tem pobre"
Até me pediu pra pisar de mansinho
Porque sou da cor, eu sou escurinho
Aqui realmente está toda a nata
Doutores, senhores, até magnata
Com a bebedeira e a discussão
Tirei a minha conclusão

Se gritar "pega ladrão"
Não fica um, meu irmão
Se gritar "pega ladrão"
Não fica um

Lugar meu amigo é minha baixada
Que ando tranqüilo e ninguém me diz nada
E lá camburão não vai com a justiça
Pois não há ladrão e é boa a polícia
Lá até parece a Suécia bacana
Se leva o bagulho e se deixa a grana
Não é como esse ambiente pesado
Em que você me trouxe para ser roubado

Se gritar "pega ladrão"
Não fica um, meu irmão
Se gritar "pega ladrão"
Não fica um

Você pode ouvir a música por esse link:
http://brasil.indymedia.org/media/2005/07/324205.mp3

Ou pelo Youtube:

Ah, sim. Ele respondeu.

Desculpe o meu lapso. José já deu a resposta sobre as denúncias contra os governos do PSDB:

"Isso é eleitoralismo, é o kit PT".

Resta-nos saber, governador, se a máquina do PT é tão grande que tem gente infiltrada no Ministério Público da França onde, pelo que me consta, o procurador-geral de Justiça não é indicado pelo governador.

Saturday, June 07, 2008

E agora José?


Quem diria, depois de 12 anos sem serem investigados pelo MP de São Paulo, o governo, ou os governos do PSDB estão caindo de maduros. Primeiro os tucanos precisam explicar o 1 milhão de dólares que a Alston lavou pra pagar propina aos integrantes dos governos Covas e Alckmin. Agora foram os 30 delegados do Detran afastados por participação na "máfia das cartas".
Não podemos nos esquecer da "máfia dos caça-níqueis" e do número 2 da SSP, que foi afastado por extorsão ao Marcola. Quanta sujeira, seu José? O que vamos dizer para a D. Mônica lá em casa? Não vale dizer que "não foi eu", hein... Muitos menos "Eu não sabia", essa frase já tem dono petista!

Entreouvidos no Congresso Nacional

Nesse sábado os líderes da oposição se reuniram para cobrar respostas de Dilma Rousseff sobre as novas denúncias de favorecimento na venda da Varig. Nossos atentos repórteres conseguiram ouvir alguns trechos da conversa entre os líderes:

A- Eu aposto meu salário que esse não pega de novo!
B - Assim é covardia, é barbada certa!
C - Pois bem, eu aposto meu salário do ano todo que faremos mais uma besteira, de novo!
D - Ei, mas assim é demais. Competição desleal! Eu também aposto que o erro vem da nossa base...
E - Olha, tô de saco cheio dessas apostas. Eu sempre perco. A verdade é que nada gruda nessa gangue e não adianta espernear. Resta-nos esperar pelas eleições e torcer para que algum petista compre outro dossiê. É a nossa salvação!!!
B - Então tá. Pra encerrar a discussão, eu deixo de propor aumento para os deputados se a ministra cair. Tô apostando pesado!

Aviso aos navengantes

Apesar desse ser um blog sem idéias, ou blog de n-idéias, nenhuma ou inúmeras, deixo claro que são todas de esquerda. E tenho dito.

Tempos difíceis

A sexta-feira 13 só é na semana que vem, mas pelo que se viu por aí ontem, o dia de todas as agruras chegou antes da hora e sem aviso prévio. É um indício de tempos obscuros ou sinal de que a Apocalipse Tour 2008, a famosa turnê do fim do mundo, não está pra brincadeira esse ano e veio pra ficar?

Pelos acontecidos dessa sexta-feira 06, o que se avizinha é mesmo uma terceira Guerra Mundial. Os indícios mais fortes são:

- Petróleo bate novo e histórico recorde em um único dia: US$138,54 o barril, alta de 8,41% no dia.

- Esquenta os ânimos entre Irã e Israel. Governo de Israel chama iranianos de “muçulmanos bobos”, que por sua vez chamam os israelenses de “judeus muquiranas”;

- Hillary suspende campanha e confirma apoio total a Obama. Com isso crescem os rumores de que a dupla caipira “Barack & Clinton” devem formar a chapa democrata para as eleições de Outubro, nos EUA. Nem o mais otimista e utópico pensou em ver a Casa Branca nas mãos de um negro e uma mulher numa única vez! Vem merda por aí!

E o mais irrefutável dos argumentos de que um tempo de sombras se aproxima:

- Brasil perde de 2 a 0 para a Venezuela.

A guerra vai começar pela América do Sul, meus caros.

Música para o final dos tempos

E se o mundo for mesmo acabar, que não seja sem música.

O que você faria?
Lenine

Meu amor o que você faria?
Se só te restasse um dia
Se O mundo fosse acabar
Me diz o que você faria?

Ia manter sua agenda
de almoço hora apatia
Ou ia esperar os seus amigos
Na sua sala vazia

Meu amor o que você faria?
Se só te restasse um dia
Se O mundo fosse acabar
Me diz o que você faria?

Corria pra um shopping center
Ou para uma academia
Pra se esquecer que não da tempo
Pro tempo que já se perdia

Meu amor o que você faria?
Se só te restasse esse dia
Se O mundo fosse acabar
Me diz o que você faria?

Andava pelado na chuva
Corria no meio da rua
Entrava de roupa no mar
Trepava sem camisinha

Meu amor o que você faria?o que você faria?
Abria a porta do Hospício
Trancava da delegacia
Dinamitava o meu carro
Parava o tráfego e ria

Meu amor o que você faria?
Se só te restasse esse dia
Se O mundo fosse acabar
Me diz o que você faria?

Meu amor o que você faria?
Se só te restasse esse dia
Se O mundo fosse acabar
Me diz o que você faria?

"Por qué non te callas?”

Telefone toca no Palácio da Alvorada, após o vexame da seleção brasileira nos EUA:

- Lulalá, nóis aqui. Boa Noite?
- Holla, quem hablas és Zé Dircel. Quiero hablar com Lula, si?!
- Seu Lula não está não sr.
- Como non? Aqui eres José Dircel. Dircel, el amigo do presidente.
- Mas ele mandou dizer que não atende mais o sr.
- Pos bien. Mandarei-lhe uno fax. Será que puede dar-me sinal, sí?
- Tudo bem tão seu Dirceu. Já vai.

Minutos depois:

- Seu Lula, o seu Zé Dirceu deve estar mesmo mal. Depois de implantar cabelo e perder o cargo no escândalo do mensalão e ser cassado, agora fala feito um retardado no telefone.
- Pur quê fala isso, minha filha?
- Ah, ele ligou aí todo exaltado, querendo falar com o sr. numa língua toda enrolada. Ele disse que mandaria um fax.
- Veja lá si chegou, sim?!
- O que está escrito, minha filha?
- "Por qué non te callas, Lula? Venezuela 2 a zero!”

Marta "Hernandes" Suplicy


Adianto aos leitores que esse blog é transparente e parcial. Isso mesmo que você ouviu, aqui fala-se de tudo, inclusive política e religião. Principalmente as duas coisas juntas. Posto isso, declaramos apoio à candidatura de Marta Suplicy à prefeitura de São Paulo. Porém, fazemos um apelo à ex-ministra, prefeita e esposa: que ela nunca mais faça tantas caras e bocas durante o lançamento de uma campanha, muito menos durante a corrida rumo ao Palácio Matarazzo. No lançamento de sua campanha hoje em São Paulo a ex-prefeita mais parecia a bispa Sônia Hernandes em dia de culto do que uma candidata à prefeita da maior cidade do país. Eram tantas caretas que pensei estar presenciando uma sessão de descarrego, com tanto pano vermelho no recinto e tantos "pastores" rodeando o "capeta de saias". Francamente D. Marta, a senhora fica melhor fazendo compras em Paris do que participando de culto evangélico no meio da militância. Não me envergonha ainda mais, d. Marta! Tá amarrada, em nome de Dirceu e Silvio Pereira!


Friday, June 06, 2008

Homens ao mar


Essa é a primeira vez que falo de teatro até agora. Vou começar com uma boa notícia: a rapaziada da Cia. "Triptal de Teatro" conseguiu emplacar uma temporada de um mês no Rio de Janeiro com o excelente "Zona de Guerra". A peça escrita por Eugene O'Neill, em 1916, é um drama ambientado durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) dentro de um navio de transporte de armas. Os marujos começam a desconfiar das ações do marinheiro Smitty e da suspeita caixa preta que leva a tiracolo. O medo da morte se torna cada vez mais crescente à medida que as desconfianças entre eles também.

O espetáculo faz parte do ciclo "Homens ao Mar", que a companhia paulistana apresentou nesses dois ultimos anos em São Paulo com trilogia de peças de O'Neill, todas ambientadas nessa atmosfera de naufrágio das relações humanas. Por conta do sucesso do trabalho da Cia. "Triptal de Teatro" no Festival de Teatro de Curitiba, os garotos foram convidados também para participar do ciclo de eventos de 100 anos de O'Neill, que acontecerá no próximo mês nos Estados Unidos.

Eugene Gladstone O´Neill é um dos maiores autores norte-americano de teatro. Nascido em Nova Iorque em 1888, completaria cem anos de vida em 2008. Sua obra mais conhecida é "Longa Jornada Noite a Dentro", que levou-o inclusive a ganhar o Nobel de Literatura e vários Pulitzers. Ele foi o segundo norte-americano a ganhar um Nobel. O dramaturgo morreu num sábado, dia 28 de novembro de 1953.
Parabéns ao meninos da "Triptal de Teatro" e que "Zona de Guerra" repersente bem o Brasil lá fora!

Song's day

Hoje acordei com uma música na cabeça e, para o meu espanto, minha chefe passou o dia cantando (ela canta mal). É um canção do Chico, pra variar, que resume bem o sentimentos das mulheres para conosco, nação masculina. No fundo, somos apenas uma páginas em seus lúgubres folhetins.


Folhetim
(Chico Buarque)

Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres
Que só dizem sim
Por uma coisa à toa
Uma noitada boa
Um cinema, um botequim

E, se tiveres renda
Aceito uma prenda
Qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa
Ou um corte de cetim

E eu te farei as vontades
Direi meias verdades
Sempre à meia luz
E te farei, vaidoso, supor
Que é o maior e que me possuis

Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte
Te afasta de mim
Pois já não vales nada
És página virada
Descartada do meu folhetim

Abaixo a versão da mesma música cantada por Gal Costa.

"Corpo" com a cara do novíssimo cinema brasileiro


Meu tio sempre brinca que, depois da morte, perdemos a identidade até o momento do enterro. Toda vez que vamos nos referir ao morto usamos a palavra “o corpo”. Tipo: “O IML liberou o corpo?”, “Quando o corpo será enterrado?”, “E a missa de corpo presente?”. Depois de certo tempo, descobri que não é só na hora da morte. Na primeira morte, que é o casamento, também acontece isso. Faça um esforço e tente lembrar se você chamou a noiva ou o noivo pelo nome em conversas com terceiros? É sempre assim: “A noiva ta atrasada”, “Viva os noivos”, “Tudo bem, noiva?”. Quando alguém quer fazer algum comentário mais maldoso ainda diz: “Viu como o noivo tá nervoso? Também, o vestido da noiva é feio demais, né?!”.

Talvez fosse pensando nisso que os diretores Rossana Foglia e Rubens Rewald, das produtoras Glaz Cinema e Confeitaria de Cinema, inventaram de fazer um filme com o nome “Corpo”, que trata justamente de um corpo à espera de liberação no IML. O argumento do roteiro é ótimo e muito criativo. Entretanto, acho que o desenvolvimento das filmagens nem tanto. Porém, digo desde já, vale a pena ver o filme, pois a produção é mais um sinal do amadurecimento do cinema nacional. Arrisco aqui dizer que é um legítimo representante do “novíssimo cinema nacional”. Provavelmente alguém já deve ter usado essa expressão “novíssimo cinema brasileiro”, mas quero fazer uma apropriação e defender a minha visão.

Essa expressão que estou usando significa o amadurecimento do cinema pós Central do Brasil. Acho que o filme de Walter Salles pode ser considerado um divisor de águas no cinema nacional. Foi a partir dos prêmios da “turma do Waltinho” que a produção nacional começou a ganhar novos traços, com mais investimentos e com roteiros mais diversificados por parte das produtoras. Claro que Central do Brasil não tem nada de criativo do ponto de vista da ousadia de filmagem. Entretanto, o filme que faturou os leões de ouro e prata em Berlim é sem dúvida o ponta-pé que o Brasil precisava para reviver seus áureos dias de visibilidade.Posto isso, e quero desenvolver mais sobre o assunto em outro post, voltemos ao Corpo que tanto nos interessa. O filme que estreou na semana passada reproduz com fidelidade o ambiente de um necrotério, com direito à fígados extirpados, baços abertos e genitálias congeladas e expostas.

A edição do filme é cheia de “dejavús”, que retomam anos anteriores da vida dos envolvidos na trama. Apesar de todo o talento do personagem principal, Leonardo Medeiros, que vive Artur, um médico-legista depressivo que ficou para titio e ainda mora com os pais, o desenrolar da história não agrada por conta das diversas soluções mágicas que se dão para um corpo que permanece intacto após supostos 20 anos da morte da mulher.

Numa cidade como São Paulo, achar a identidade de um corpo sem identificação é tarefa quase impossível. Principalmente quando esses corpos são encontrados numa vala de desova e não há registro de parentes à procura. Do contrário, não teríamos tanta gente enterrada todos os dias como indigentes.

Mas para um médico-legista obcecado essa é uma tarefa fácil, extremamente fácil, segundo os roteiristas, claro. Tendo apenas a informação de que a mulher tinha entre 20 e 30 anos, que era uma desaparecida política e faleceu entre os anos de 1969 e 1974, foi até o arquivo do Dops e achou a identidade da moça na primeira caixa que procurou. Detalhe: o arquivo do Dops tem pelo menos 500 caixas de documentos que respondem pelo período ao qual o rapaz procurava. Ele achou tudo em menos de duas horas, tirando um cochilo entre uma pasta e outra. Um fenômeno da biblioteconomia, em síntese.

Além desse detalhe, a confusão da personagem Fernanda (Rejane Arruda) em revelar a identidade da mãe ou não confunde ainda mais o ouvinte. Apesar de aí morar o segredo da trama, essa relação poderia ter sido contada de outra forma. Que pessoa vai até o IML identificar o corpo da mãe sabendo que ela está viva?

Corpo é um filme muito original, apesar dos equívocos. Como já dito, Leonardo Medeiros, o mesmo de Cabra Cega, está muito bem. Além dele, temos a volta de Louise Cardoso às telonas após seis anos só em trabalhos televisivos e da ex-Vj da MTV, Cris Couto. O destaque, porém, vai para um ator negro muito talentoso que faz apenas uma ponta no filme. Rogério Britto pode ser visto em novelas da Record e já é a segunda participação dele em cinema. A primeira foi em Signos da Cidade, de Carlos Alberto Ricelli. Em Corpo, Britto é o irmão de uma vítima de bala perdida e fica desconsolado com o diagnóstico dos legistas sobre o irmão morto. Seu desempenho é muito satisfatório e certamente esse será mais uma grande surpresa da nova safra de atores do cinema brasileiro.


Corpo é um filme que só é possível fazer em um país de cinema maduro e talento tipo exportação. Esse é mais uma produção para orgulhar-se do cinema made in Brazil.

Insônia

Pois é. Nunca aconteceu isso comigo. Estou sem sono e preocupado. Coloquei na cabeça que preciso usar minha criatividade para ter uma grande e genial idéia antes dos trinta anos, para que a vida faça sentido depois dele. O pior é que o nome desse "blog", n-idéias, é um trocadilho entre nenhuma e inúmeras idéias. Por hora, prevalece a lei de "Murphy", que só consegue me tirar o sono. Sem idéias, sem sono, sem futuro... Ufa! Como é difícil criar algo novo, viu. Preciso aproveitar esse trabalho temporário na produtora para criar algo novo e, quem sabe, me tornar bom nessas coisas. A idéia é nunca precisar mais trabalhar para Macedos, Mesquitas e marinhos na vida. Se alguém puder me ajudar, agradeço muito! Bom sono!

As finais que interessam


Embora a imprensa esportiva brasileira só fale das finais da Copa do Brasil e Libertadores, lá fora ninguém está nem aí para esse tal de Corinthians, o excêntrico Sport e o desconhecido Fluminense. Todos querem é saber mesmo sobre as finais da NBA, principal competição de Basckete dos EUA. E não é por menos: segundo a NBA, o jogo será transmitido para 215 países - número maior que o de países que são filiados à ONU, a Organização das Nações Unidas, que tem 192 países na lista de sócios. Aliás, que finais! Boston Celtics e Los Angeles Lakers fizeram um jogo emocionante, que, até a metade do terceiro quarto, estava literalmente empatado.


Essa é a primeira final entre os dois times após 21 anos sem se enfrentarem os play-offs finais. As lembranças que tenho da NBA são de infância. Na escola todo mundo era torcedor do Bulls e do Lakers. Tradicionalmente eu gostava do Lakers e até tinha uma camisa pirata do time. Nunca tinha ouvido falado do Celtics até então.


Mas voltando a partida, o Celtics chegou a perder o capitão Paul Pierce após uma torcida no pé e o jogo ficou paralisado por alguns minutos. Todos pensavam que seria o fim do time de Boston. Entretanto, no quarto período, o Boston Celtics deu uma arrancada impressionante. Contou também com os erros do Lakers, que foram exagerados. Até a última etapa mesmo as falhas das equipes estavam equilibrados. Mas a equipe de Los Angeles foi inferior em quadra, chegou a errar sete arremessos consecutivos e perdeu merecidamente. A partida terminou 98 a 88 para o Celtics.


O capitão do time da casa recuperou-se da contusão e voltou para a quadra faltando um minuto e meio para o final do terceiro quarto. E fez a diferença. A virada do Boston se deu após duas cestas de três seguidas de Paul Pierce, que ao lado do ala Kevin Garnett e Ray Allen, foram os destaques do jogo. Do lado de lá, o dos perdedores, Kobe Bryant e Pau Gasol comeram a bola, mas não conseguiram levar o time à vitória.


Os cestinhas da partida foram:


Kevin Garnett (24 pontos e 13 rebotes) - Celtics

Kobe Bryant (24 pontos) - Lakers

Paul Pierce (22) - Celtics

Ray Allen (19)- Celtics

Pau Gasol (15 pontos e oito rebotes) - Lakers


Esse foi só o primeiro jogo. Nada está definido nos play-offs. Ainda podemos ter mais seis jogos pela frente embora, tradicionalmente o time que eu sai na frente fatura o título da Liga, continuo na torcida pelo Lakers. Sem essa de "Curintia" ou "Flu".

Thursday, June 05, 2008

Telma eu não sou gay

Mais uma indicação de música. Essa é uma apresentação da banda Secos e Molhados na TV Tupi em 1973. Eu nem era nascido e o Ney Matogrosso já rebolava feito rabo de lagartixa! Fato é que os caras eram bons pra caralho! Vale a pena ver.


A rodada

Quero diminuir a quantidade de comentário sobre futebol nesse espaço. Entretanto, não posso deixar de comentar a vitória do Corinthians, de Mano Menezes, sobre o Sport, de Nelsinho Batista (aquele mesmo que derrubou o “Curintia” merecidamente para a série B). Não vi o jogo e só sei do resultado pela internet. Entretanto, algo que me fica claro é o seguinte:

- Os times grandes nunca deram muita bola para a Copa do Brasil. Sempre foi um “campeonatinho B”. Palmeiras e Inter foram desclassificados por não levarem o torneio à sério quanto ele é. Sport e Corinthians merecem fazer essa final porque fizeram das tripas coração e deram importância ao evento, que, nada nada, garante vaga para a Libertadores. Quanto à derrota do Nelsinho, pode ser que o Sport surpreenda e até vença o jogo da próxima quarta. Entretanto, fica claro que, no duelo entre dois técnicos que levam um torneio a sério, Nelsinho teria desvantagem em qualquer competição. Fato é que Mano Menezes emerge como um dos melhores técnicos em atividade no Brasil. Parabéns ao Mano, não ao “Curíntia”.

- Quanto ao Fluminense, alguém se lembra que foi através da Copa do Brasil que o time das Laranjeiras alcançou a final da Libertadores? Pois bem, não torcerei a favor do Flu, como bom são-paulino de orgulho ferido. De qualquer forma, vale lembrar que, assim como o Grêmio no ano passado, o time que ganha do São Paulo com certeza chega à final da competição. Parabéns aos torcedores do Fluminense, que há muito tempo não viam o time chegar tão longe numa competição de peso. Não ao time do Flu, muito menos ao Renato Gaúcho que, pra mim, só serve pra treinar times do Rio mesmo.

E chega de futebol.

Pobreza e literatura

"A pobreza consiste também num compromisso, numa sociedade secreta, num juramento eterno e mudo. Os pobres não desejam apenas uma vida melhor, não, os pobres desejam auto-estima, a consciência de que, por viverem uma grande injustiça, o mundo os respeita como se fossem heróis. E são heróis de fato; agora que envelheço, sei que eles são os únicos heróis, os heróis de verdade. Todo heroísmo diferente é ocasional, imposto ou vaidoso. Porém o fato de uma pessoa ser pobre durante sessenta anos e cumprir sem palavras todas as obrigações que a família, a sociedade, impõem a ela, e, ao mesmo tempo, continuar humana, reverente, quem sabe bem-humorada e piedosa, constitui o heroísmo de verdade."

(Trecho extraído do livro De Verdade, do húngaro Sándor Márai)

Wednesday, June 04, 2008

"A salsicha diária de cada dia"

O Jornalismo está cada vez pior. Hoje recebi uma newslatter do "Portal Imprensa", que se auto-proclama defensor do Jornalismo com a seguinte manchete: "» Editor da revista Sou+Eu! diz que "universo feminino é fascinante". Ora bolas, isso é falta de notícia? Não vou reproduzir a notícia aqui no meu blog porque quero preservar a saúde dele, pelo menos nesses primeiros dias.
A pessoa que escreveu isso fez faculdade de Jornalismo onde? Conversando com um amigo, ele disse que recebeu uma outra com o seguinte título: "Felipe, lateral do Grêmio, concede entrevista à imprensa". Calma aê, tchê!! Depois de cada treino tem entrevista coletiva, né não?

No mesmo dia o meu amigo recebeu a seguinte notícia: "O Manchester City não quer apenas registrar interesse em Ronaldinho. Os ingleses tentam, de fato, interceptar a ida do craque gaúcho para a Itália. Por isso, vieram a Porto Alegre. Já se foram. Prometeram voltar em breve. Na Inglaterra, o salário anual do craque gaúcho seria de até 16 milhões de euros, acima dos 9 milhões inicialmente acertados com o Milan."

Já viu algo mais bem escrito? Jornalismo de última qualidade, né não? Pois é, para quem nunca fez Jornalismo, isso pode parecer besteira da minha parte. Mas para quem entende ao menos um pouquinho, sabe que isso é pior que "Jornalismo Marrom". O estagiário mais tosco da face da terra teria que ter noção e ler a merda que escreve. Por essas e outras que estou enviando meu currículo para fábricas de salsicha. Alguém conhece alguma?

2008: Ano Internacional dos Alcóolatras

Outro dia no bar um amigo da patota lançou a piada: "Esse é o ano da consagração dos bêbados. Corazza na China, Joel Santana na África!". A piada já tá velha, mas acho mesmo que a ONU deveria estipular 2008 como o "Ano Internacional dos Brasileiros Alcóolatras". O Adriano vai voltar a jogar na Itália e na seleção brasileira. O Lula promete solucionar o problema da alta de alimentos no mundo. Eu até vi o Savarese bebendo cerveja no "A Juriti"!

Pra completar o pacote, Joel Santana continua perdendo com gol de "Obinna" e dizem que a Amy Winehouse fará show no Brasil, no Tim festival 2008. Quer momento mais oportuno para um brinde na sede das Nações Unidas?! Por isso que eu bebo!

Maestro Zezinho, qual é a música?

Outro dia fui ao cinema assistir a um filme brasileiro que não me lembrou qual. A produção foi encerrada com uma música do Chico Buarque, “Meu Guri”, mas incrivelmente cantada por Elza Soares. Num passeio pelo Youtube hoje, descobri a música sem querer. Pelo que pesquisei, a canção foi interpretada por Elza pela primeira vez em um show no Rio de Janeiro em 2002. Depois virou carne de vaca e foi cantada até no Faustão. De qualquer forma, eis aí a versão de “Meu Guri”, que, na minha singela opinião, está mais bem interpretada que na voz do próprio autor. Até porque, não é novidade pra ninguém que Chico Buarque não tem grandes qualidades vocais. Fumando e pegando mulher casada então, vixi. Não tem salvação mesmo!

Obs.: Ah, a apresentação não é minha. Achei assim só. Desconsiderem.

O charuto, a ministra e a merenda

Hoje o jornal “O Estado de São Paulo” traz mais uma denúncia contra o primeiro-ministro brasileiro, Dilma Roulssef, ou “Dilmão”, como é conhecido dos mais íntimos da política. Nossa oposição, burra e preconceituosa, mais uma vez grita feito feirante em dia de chuva, mas nada conseguirá faturar com essa crise mais uma vez. Francamente, quem acreditaria nas palavras de uma mulher que foi chutada da ANAC por fumar charuto em dia de serviço e, pra piorar, é amiga do José Dirceu?

Essa tal Denise Abreu ta com o orgulho tão ferido quanto a Mônica Lewinsky. Ambas levaram charuto, mas a última ganhou uma bela grana pra escrever um livro sobre suas peripécias sexuais no salão oval, enquanto a outra quer faturar algum contando suas peripécias de fumante no comando da ANAC.

Além do mais, não sei por que a oposição insiste em derrubar a “ministra-Mônica”. Como diz um amigo, alguém já parou pra pensar que o “Dilmão” mais parece diretora de escola que candidata à presidência? Tucanos e Demônios são tão limitados que caem nessa história do Lula de “mãe do PAC”. Nessas horas que eu dou graças a Deus pelo nosso presidente não ter concluído o curso superior. Se com o curso primário ele tem a oposição nas mãos, imagina se fosse PHD com o Fernando Henrique? Será que o DEM e Sr Agripino Maia não passaram vergonha suficiente e querem ganhar mais uma coelhada em público?

Se fosse eu, não brincava com fogo. A mulher ta ficando brava com tanta bobagem e qualquer hora manda chamar os pais dos nobres opositores para uma conversa na Casa Civil. Daí, negada, vão ficar sem merenda pelo resto do mês, hein!

Força, Brasil!


Desde o final dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, no ano passado, se fala da possibilidade do Brasil sediar os jogos olímpicos de 2016. O Pan do Brasil foi marcado pela imprensa brasileira só pelas vaias ao presidente Lula, que merece vaias por muitas coisas, mas que, na minha opinião, naquele momento as vaias foram totalmente desnecessárias e só afuscaram um belo espetáculo de abertura do evento. De qualquer forma, desde aquela data falava-se da campanha do Brasil e do violento Rio de janeiro rumo à 2016. Foi então que tive a idéia de criar um logotipo para ajudar o nosso país no tão sonhado título de “pior sede de jogos olímpicos da humanidade”. Então, já que o Brasil passou para a segunda etapa de classificação das sedes e certamente terminará como o Corinthians, que sempre morre na praia quando se trata de campeonato internacional, resolvemos fazer uma homenagem ao Rio, ao Brasil e ao presidente Lula. Força Brasil! Força César Maia!

“The Bubble”, muito além da tragédia gay

Nos dias frios nada é melhor que ficar em casa lendo e assistindo TV, tô certo? Quem não quer aproveitar as noites frias para acompanhar o final das séries do Warner Channel ou as estréias de novela da Globo e da Record, pode correr até a locadora mais próxima e alugar um bom filme, já que ninguém agüenta mais as reprises e os filmes chatos da TV a Cabo. Sabe, uma das coisas mais chatas de ser cinéfilo, ou gostar de cinema e freqüentar sempre, é que todos os lançamentos que a TV alardeia pelos quatro cantos, com anúncio em revista e infinitas chamadas na programação, são completamente desnecessários e meras reprises pra você. Cheguei a conclusão que, mesmo a TV paga, é uma bosta no Brasil. Tenho vinte canais de filmes, dos mais variados, mas poucas são as películas que realmente valem a pena ver. As melhores geralmente já vi no cinema. Vale mais para revê-las. Mas fazer o quê, ruim com ela, pior sem ela.


Mas voltando ao filme, uma das novidades que chegaram às locadoras é o DVD “The Bubble”, do diretor israelense Eytan Fox. É o primeiro filme que assisto desse sujeito, pois, assim como os filmes iranianos, fujo de produções que possam sinalizar de alguma forma opressão religiosa (risos). Quando não são chatos, são longos. De qualquer forma, a minha atriz predileta é israelense e qualquer sacrifício é válido por ela. Como dia 09 a deliciosa Natalie Portman faz aniversário, resolvi procurar algum filme dela que eu ainda não tinha visto. No caminho esbarrei com o famigerado “The Bubble” na sessão de “filmes asiáticos”, que já tinha me sido indicado por um antigo casal de amigos, “Quero Alcântara e Silva”. Pra minha surpresa, o filme é muito bom e vale a lágrima que derramei.


No resumo da contracapa diz que o título, “The Bubble”, retrata “como os israelenses chamam Tel Aviv, Bolha, já que muitos habitantes locais optam por se excluírem da realidade social e política do país”. Até aí, parece resumo de documentário da “Discovery” que eu costumava pegar na biblioteca da faculdade. Mas por ser indicação de amigo, fui com a cara e com a coragem. Meu fiel amigo se interessou mais pela parte do resumo que fala das peripécias gays de um grupo de três amigos que moram juntos em Tel Aviv. E o filme começa com muito homoerotismo: homens se beijando e até transando. Salvo pela belíssima Daniella Wircer, única mulher de verdade do filme, não teria visto nenhum peitinho bonito o filme inteiro.


Mas o que surpreende nessa película é a sensibilidade que o diretor teve em transportar uma história de amor impossível entre um árabe e um judeu para o universo gay sem desmoralizar Shakespeare, dono do primeiro amor impossível entre inimigos na história da dramaturgia. Até as cenas de amor entre os dois meninos se tornam bonitas quando você enxerga o conflito que todos os dias milhares de pessoas são obrigadas a enfrentar na fronteira entre Israel e Palestina. Numa das cenas, os dois estão na maior “gozação” e, atrás, uma linda declaração de amor à Tel Aviv está escrita na parede do quarto.


Muito mais que uma tragédia amorosa gay, “The Bubble” nos faz sentir vergonha de fechar os olhos para o eterno conflito no berço do cristianismo e de toda religiosidade mundial. Noam, um dos amantes gays da história, desiste do serviço na Guarda Nacional por conta da truculência do exército contra inocentes como uma grávida, que perde o bebê na fronteira enquanto é revistada e humilhada por um soldado de Israel. O filme resgata as memórias da infância dos dois namorados centrais da trama, mostrando como a o ódio e a diferença entre os dois povos é antigo e enraizada na vida de jovens judeus e árabes. A passagem que achei mais sensível , o palestino Ashraf olha para uma criança na fila da revista na fronteira e sente vergonha de ter que submete-lo a tamanha humilhação.

Desculpe se serei estraga prazeres, mas, assim como em Romeu & Julieta, Romeu & Romeu do cineasta Eytan Fox também morrem juntos no final da tragédia. Mas morrem com a mesma certeza e bestialidade da morte de milhares de pessoas em atentados à bomba e incursões militares: o processo de paz na região não avançou um centímetro a mais.
Outro destaque do filme é a trilha sonora, que é familiar pra nós brasileiros. As cenas nos bares de Tel Aviv são ambientadas com as canções “Aroud”, “Cada Beijo” e “Aganjú”, de Bebel Gilberto. Além da brasileira, a trilha é composta por Belle&Sebastian, Lloyd Cole e Antique. Mas o destaque vai para a música tema “Song to a Siren”, imortalizada pela voz de Tim Buckley, mas no filme é interpretada pelo ícone gay oriental Ivri Lider.

Abaixo um pouco mais da canção na voz original e também o trailler do filme com a música tema.




A página oficial do filme é essa aqui:
http://www.thebubble.msn.co.il/eng/index.asp

A versão da música com Ivri Lider é a seguinte:

Monday, June 02, 2008

Futebol é coisa de macho?

Que futebol é coisa de macho, isso todo mundo já deve ter ouvido um zilhão de vezes daquela turma de amigos ruim de bola, que era o terror da várzea na época que tu também fazias parte. Todo jagunço que foi ruim de bola, hoje é torcedor fanático e proclama-se o “boleiro das américas”. Os amigos da patota não me deixam mentir. Nunca na história dessa turma de amigos um deles levantou da mesa do bar com a desculpa que iriam bater uma bola na manhã seguinte. Já vi se desculparem porque tinham boxe, iria visitar a matrona ou até mesmo no show da tia Rita Cadilac em alguma zona do Cambuci. Tudo perna de pau, que de bola só conhece mesmo as duas do saco. E é aí que eu queria chegar!


São esses mesmos torcedores que lotam o Asterix para ver o “Curintia” aos sábados, na Série B, pra não esquecer, que fazem promessa pra Santa Gertrudes ou combinam durante nove anos que vão abrir aquela garrafa de vinho caso o “Parmera” saísse do jejum de títulos. Pois bem, essas criaturas se abraçam, se beijam e até choram no estádio por conta do time que ganha de 5 a zero da Ponte Preta, em um campeonato que poderia ser chamado de Marlene Mateus, de tão relevante para o "planeta bola". Então, sem essa de que futebol é coisa de macho. Futebol, no máximo, é coisa pra ruim de bola!

Sob nova e esculhambada direção

Esse é o primeiro post publicado desde que resolvi ressuscitar o "n-idéias". Esse blog nasceu por imposição da professora de "Novas Tecnologias" do famigerado curso de Jornalismo. Não me lembro da cara da professora, menos ainda das aulas. A primeira porque ela não dever ser muito bonita mesmo, do contrário, lembraria certamente do seu nome ou de suas pernas ao menos. Quanto às aulas, bom, às aulas eu quase não ia mesmo! Bendito o inventor das listas de chamada, elas foram a salvação da minha intelectualidade durante o curso na Cásper Líbero.

Mas voltando ao que interessa, o nome desse blog foi sugestão minha. Depois disso nunca mais consegui ter nenhuma outra idéia brilhante. E olha que se passaram mais de três anos desde então... Depois de admirar e rir do blog dos amigos, tomei coragem de me expressar através desse espaço. Certamente nossa diretoria não terá o mesmo brilhantismo que outrora os nobres colegas demonstraram na blogosfera. Entretanto, achei necessário esse espaço pra eu poder ao menos ocupar-me de alguma coisa, já que o trabalho lá na produtora está cada vez mais espaçado e na agüento mais ficar na frente do computador lendo besteiras publicadas nos grandes portais.

Achei também necessário expressar algumas opiniões acerca de coisas que me incomodam desde a criação desse lugar que alguém resolveu chamar de mundo. Só um aviso aos navegantes: essas linhas certamente falarão muito de teatro, cinema e literatura, grandes paixões desse que vos escreve. Muitos me acusarão de pederasta, prefeito ou Paulo Coelho da Oscar Freire, porém, como forma de compensar a nação dos mais duros, o espaço também está aberto para o futebol.

O futebol é o hálibe de qualquer primo do interior com cara de Andréa Matarazzo, que não sabe se assume a condição do primeiro nome ou a exuberância (ui) de um conde. Então, pra não restar dúvida sobre as reais intenções do dono do espaço, vamos ao que interessa: a paixão nacional.