Monday, October 13, 2008

Prefeita ou prefeito?


Demorou, mas aconteceu! Finalmente a sexualidade do atual prefeito de São Paulo ganha o grande público e começa a ser discutida nos bares da Vila Ré (com o perdão da citação ao amigo Gabriel). Relevante ou não, fato é que em qualquer país civilizado a sexualidade do prefeito seria discutida de forma madura, sem a dualidade da imprensa chapa-branca num momento de disputa de poder. Claro que em São Paulo não poderia ser assim.


Ora, a mídia está descendo o pau na campanha de Marta Suplicy porque ela é petista! Se fosse o contrário, a Marta fosse a lésbica e o Kassab o garanhão traidor de mulheres, a coisa mudaria de figura. Não quero aqui justificar o erro da campanha petista. Fato é que há tempos a imprensa sabe da homossexualidade do prefeito, que até então ficou restrita às piadas de corredores de redação ou mesas de bar, mas nada diz ou mesmo insinua. A campanha e a cobertura da mídia só tem me chateado. Mais ainda o conservadorismo dos paulistanos. Torço para que essa angústia acabe logo. Torço, aliás, para que os paulistanos evoluam.

Na campanha passada, tucanos e demônios se encarregaram de espalhar que a ex-sexóloga traía o senador Suplicy. Fato que ninguém divulgou é que o relacionamento entre os dois era "aberto". Isso na prática quer dizer o seguinte: Suplicy sabia dos chifres e gostava. Acusaram a mulher de tudo. Com a "tia" Erundina a mesma coisa. Por que não falar da sexualidade do atual prefeito? Aproveito e contesto a sexualidade do Quércia e do Tasso Jereissati. Será que são gays? Não importa. Se saem com outros homens ou não, isso não lhes tira a pecha de corrupto para um e coronel para outro. Tira a credibilidade dos veículos, que ao mero sinal de comprometimento do candidato da vez, correm para socorrê-lo em troca de polpudas verbas.

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