Sabe, essas mesas parecem com outras as mesas, justamente aquelas que se multiplicam na tv aos domingos. Cinco economistas juntos, hoje em dia, equivalem ao programa do Milton Neves. Junte-se a eles um cientista político e um jornalista de economia e a merda tá feita! Os dois personagens equivalem ao especialista em arbitragem e ao repórter que esteve no treino da manhã. Eles ficam horas debatendo o sexo dos anjos. Termos como "pode ser que", "acho", "talvez sim, talvez não", "se o Meirelles y ou x" são usados aos montes.
Vez por outra, inventam de talhar alguns termos, achando que são o Armando Nogueira dos números. Hoje ouvi de um deles um tal de "New Deal Black", ao falar da "esperança Obama" e compará-lo a Roosevelt. As bolhas se multiplicam aos borbotões, começando pelo "subprime", que já ganhou várias versões brasileiras, até os camelôs, que nada tem a ver com a história, mas são convocados para as discussões como exemplos de informalidade que prejudicará as contas públicas. É como se tivessem falando da Democracia Corinthiana ou da parceria Palmeiras Parmalat.
Claro que ninguém exige que os caras sejam videntes, o que enquadraria as projeções em profecias. De qualquer forma, esses pilantras são os mesmos que administram nosso dinheiro, bancos, empregos, fundos de investimentos, empresas, etc. Espera-se que eles tenham o mínimo de certeza para que tenhamos um norte. Mas sabem tanto quanto a dona-de-casa do Grajaú. Tomo aqui a liberdade de cunhar alguns apelidos para, principalmente, os amigos jornalistas:
Miriam Leitão, a Marília Ruiz do futebol de números.
Ela pensa que é gostosa, pensa que dá "furo", pensa que é influente. Ambas são feias, dizem o óbvio pra lá de ululante, não podem ver um jogador de futebol ou ministro que já elevam a adrenalina. Pensam que a crônica esportivo-econômica não seria nada sem ou antes delas. Pensam que pautam a imprensa, mas na prática só arrumam umas discussões tolas e desnecessárias com um integrante do governo ou técnico idiota e mal assessorado, como Emerson Leão.
Gustavo Franco, economista e ex-presidente do BC - É o Caio Júnior do mercado.
Dizem que é brilhante, dizem que é intelectual. Já dirigiu o BC ou o Flamengo, mas em ambos só fizeram merda na última passagem.
Joelmir Betting, o Armando Nogueira dos números.
Ambos brilhantes. Mas o primeiro esqueceram de enterrar e o segundo não fazia merchan de bancos...
Luiz Carlos Bresser Pereira, o Joel Santana da teoria econômica.
Dirigiu o Flamengo, o Fluminense e o Vasco. O que esperar de alguém que era ministro do Sarney e tem esses clubes no histórico?
Carlos Alberto Sardemberg, o Chico Lang dos debates.
O negócio dele é o "Curintia" e os juros. Sabe polemizar apenas nesses dois pontos.
Luiz Gonzaga Belluzo, o Antonio Lopes dos juros.
Gente de esquerda! Boa traJetória. Mas ninguém lembra das façanhas no Corinthians, só as merdas que fez no Vasco e no Ministério da Fazenda do governo Sarney.
Suely Caldas, do Estadão, a João Havelange de saias.
Alguém pode enterrar essas múmias, por gentileza?!
Delfim Netto, o Nabi Abi Chedid das finanças.
A anta do Abi Chedid não se comparava ao brilhantismo do professor Delfim. Apesar de tirar só nota dez na FEA, foi amigo da Ditadura e apóia quem estiver na crista da onda. É desse jeito que Chedid se perpetuou na seleção e Delfim amigo dos "homi", sejam fardados ou engravatados. Frase preferida: "Esse negócio de fazer o bolo crescer e repartir é coisa de time comunista!".
Clóvis Rossi, o Juca Kfouri da crônica política-econômica.
Pertencente à velha guarda do Jornalismo, é do tipo de profissional que já não se fabrica mais. Ranzinza, chato, tem opiniões deveras atrasadas e sempre evoca o bastião da objetividade jornalística quando são contestados com provas veementes. Faço questão de ler os dois todos os dias, mas sempre com aquela vontade de, invariavelmente, soltar um sonoro palavrão. Para eles, Antonio Palocci está para Ricardo Teixeira, assim como a "CPI da Nike" está para o "Escândalo do caseiro", e vice-versa. É indispensável ler, mas impossível não se aborrecer.
Francisco Lopes, ex-presidente do Banco Central, o Nelsinho Batista das crises.
Foi contratado para tirar o país e o Corinthians do sufoco. Inventou uma tal de "banda diagonal endógena", que até hoje ninguém entendeu. Não durou nem um mês no cargo, mas foi tempo suficiente para o dólar ir lá em cima e o Corinthians lá pra baixo.
Gustavo Loyola, ex-titular do BC, o próprio Eurico Miranda.
A crise do Vasco tem nome e a crise cambial do Brasil sobrenome. Plantaram o que colheram!
Rubens Ricupero, a encarnação do técnico Cuca.
A antena parabólica foi a salvação do Ministério da Fazenda. A tecnologia ainda ajudou na hora da demissão. Ambos demitidos por telefone!
Celso Ming, o Valdir Espinosa da crônica.
Alguém lembra que o Valdir Espinosa é técnico ou escreve em jornais?
Armínio Fraga, o Muricy Ramalho.
É bom no que faz, mas só durou tanto tempo no cargo porque é amigo de gente graúda, como Soros. Devia se aposentar antes que ainda sobre tempo pra faturar algum escrevendo livros de "liderança e sucesso".
Pedro Malan, o estrategista Luxemburgo.
Vende a alma pro diabo e comia as manicures do Planalto, arrotando de bom profissional. O negócio dele agora é ser cartola do mundo financeiro, essa coisa de técnico é coisa de Meirelles!
Henrique Cecília Meirelles e Guido Mantega, a própria dupla Zagallo e Parreira.
Para eles a melhor defesa é a defesa mesmo! É a economia de resultados e os juros altos a qualquer custo. Time que ganha é o que defende mais das bolas! Resta saber quem é o ativo e o passivo...
Essa é a casta de gente que anda comentando a crise. Faltou uma porrada deles, já que até o Ronaldo Fenômeno acha que tem algum coisa para falar sobre o mundo financeiro. Esse que voz fala e escreve, por exemplo, poderia ser enquadrado na condição de "leitor-corneteiro". Mas o futebol, tal qual a economia, é uma caixinha de bobagens!
Aproveito para um vídeo de reflexão sobre debates:
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