Nunca pensei que usaria a palavra tão cedo. Mas diante dos fatos, eis que ela veio no domingo. Depois de um quarto de século de idade, vinte anos ininterruptos de bancos escolares, resolvi voltar para o início: o Vestibular. Mas essa ainda não é palavra...
Diante da sala lotada de vestibulandos, rememorei os tempos de cursinho. Olhando pro lado, uma molecada que mal tinha completado 17 anos. Foi aí que ela veio. A palavra. Velho, essa sim.
Ufa! A sensação de ser um "titio", num lugar com trezentas cabeças me deu calafrios e quase levantei antes do início da prova. Seria até melhor, pois o meu despreparo me angustiou quase quanto a palavra. Foi o dia de lembrar. Lembrar do conteúdo, lembrar que nada daquilo importa de verdade. Lembranças, essas coisas que a gente tira da memória, são boas vez por outra.
Vez por outra é bom lembrar também que " o ESSENCIAL é invisível aos olhos". Ser um veterano no meio de novatos pode ser bom. Pode ser bom também mudar a vida de jornalista, que não me parece tão promissora. A palavra "velho" me veio de novo. Dessa vez pra dizer, "antes tarde do que nunca..."
O autor, esse estranho
O autor desse blog é um homem sem nenhuma idéia. RR é nome de fundador de igreja evangélica, mas também de cantor de boleros e de jornalista, ator e manequim. Graduado pela Urinus (Universidades Reunidas de Girinus – assim, com “u” mesmo), seu principal hobby é paquerar a vizinha de 75 anos nas horas vagas e no elevador. Com passagens compradas pela viação São Geraldo e Cometa, adora teatro apesar de declarar-se "machão". Doutor em semiótica pela Fiofo (Faculdade Integradas de Ocultismo da Freguesia do Ó), publicou o livro “A dama da lotação e a pornografia do transporte público brasileiro”.
3 comments:
"O ESSENCIAL é invisível aos olhos"
Antoine de Saint-Exupéry
O Pequeno Príncipe
Oh, valeu aí! Devidamente corrigido! Pra vc ver o tamanho do meu despreparo! Ufa!
E você fez como eu, que depois do jornalismo fui prestar vestibular para outra carreira igualmente desprestigiada?
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